quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Marketing de guerrilha eleitoral



Matéria da FSP de 29/06/2008 mostra de modo atraente a utilização da propaganda negativa utilizada enquanto eficaz arma para denegrir candidaturas. A situação lá no norte está pegando fogo. Como sempre, it´s all politics!
Ainda bem que lá tem coisas engraçadas também...tipo a Paris Hilton concorrendo.


http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft2906200811.htm
SUCESSÃO NOS EUA / MAR DE LAMA (SÉRGIO DÁVILA)
Barack Obama e John Mccain tentam afastar seus nomes dos de produtores de anúncios negativos
Ainda assim, dois filmes publicitários prejudiciais tanto ao democrata quanto ao republicano já estão no ar nas televisões americanas


Uma jovem mãe, com um bebezinho no colo, conversa com a câmera. "Olá, John McCain. Este é Alex, meu primeiro filho.Até agora, seus talentos incluem colocar tudo o que vê na boca e perseguir nosso cachorro. Isso e fazer meu coração disparar a cada vez que eu olho para ele. Então, John McCain, quando você diz que poderia deixar as tropas no Iraque por cem anos, você estaria contando com o Alex? Porque, se estava, ele não está à disposição."Corta.Uma câmera mostra uma parte pobre de Chicago. A locutora relembra casos de jovens mortos em brigas de gangue em 2001 na cidade. "Naquele ano, um jovem senador estadual chamado Barack Obama votou contra aplicar a pena de morte contra membros de gangues. Quando chegou a hora de ser duro, Obama preferiu ser fraco. A pergunta é: podemos acreditar que um homem tão fraco na guerra contra gangues será forte na guerra ao terror?"O primeiro anúncio está no ar nacionalmente na TV aberta e é bancado pelo grupo progressista MoveOn, que apóia o democrata Barack Obama. O segundo está no ar em algumas emissoras de TV paga e foi feito pelo grupo conservador ExposeObama, do produtor de comerciais políticos Floyd Brown, que apóia o senador republicano John McCain. (...)

Desinibidos, marqueteiros dos EUA já criaram até seu Oscar, os Pollie Awards
A profissão de publicitário de anúncios negativos é tão estabelecida e ligada às eleições presidenciais norte-americanas que há até mesmo um prêmio que os pares se entregam, os "Pollie Awards" -"Pollie" sendo contração de "Political", político em inglês, e "awards", prêmios. Da estrutura ao apelido, tentam emular o espírito do Oscar, com tapete vermelho e discursos de agradecimento.O evento anual, que realizou sua 17ª edição em março em Santa Mônica, na Califórnia, é bancado pela Associação Americana de Consultores Políticos. A maneira com que tratam as atividades de seus profissionais e o cardápio de atividades que oferecem é tão direto e sem embaraços que flerta com o humor involuntário.Entre as palestras dadas na última edição, por exemplo, estavam "Os dez mandamentos do comentarista político", por Robert Stern, presidente do californiano Centro de Estudos Governamentais. Entre eles, "Sempre responda às ligações telefônicas, ou os repórteres deixam de ligar para você", "Se estiver na TV, dê respostas curtas" e "Sinta se a resposta deve ser contra ou a favor".Outra mesa-redonda trazia o título de "Calling Out the "Do Not Call List'" (telefonando para a lista do "não me ligue') -o governo dos EUA oferece tal serviço para assinantes de listas telefônicas que não querem que seu número faça parte das listagens usadas por políticos em época de eleição.Mas o filé é reservado para a cerimônia de entrega. As categorias vão de "placa de jardim" ao equivalente local de "santinhos", passando por "melhor uso de aspecto negativo -categoria televisão".Nessa última categoria, a menção honrosa foi a peça "Obrigado, diretores de sindicato", em que atores interpretam trabalhadores que fazem críticas disfarçadas de elogios. (SD)







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